segunda-feira, 18 de março de 2013


Tradição também no paladar 

No post anterior falamos sobre as tradições comuns em casamentos e seu significado. No post de hoje, procurando dar aos nossos visitantes um direcionamento no momento de escolher tudo o que pode compor uma cerimônia, falaremos um pouco sobre as tradições gastronômicas. Descubra se combina ou não com você, noiva, a presença desses ‘quitutes’ em sua cerimônia:

Bolo de Casamento:

O bolo de casamento tem sua origem na Roma Antiga. Na época faziam um pão de trigo e o esfarelavam na cabeça da noiva. O ato significava trazer à noiva fertilidade. Os convidados apanhavam as migalhas, que diziam eles, traziam sorte.
Com o passar dos tempos, o pão foi evoluindo e aos poucos virando uma espécie de bolo, tornando impossível manter a tradição de esfarelá-lo sobre a cabeça da noiva (ainda bem!). Na era medieval, na Inglaterra, ao invés de um ‘bolo de pão’ eram servidos vários bolos menores. Os convidados levavam os bolos e os empilhavam uns sobre os outros. O gesto tinha como objetivo propor uma espécie de desafio aos noivos: se conseguissem se beijar por cima da pilha de bolos seria um sinal de que teriam muitos filhos. Foi assim que teve início o bolo de casamento em andares, como é usado até hoje.
No século XVII, surgiu a tarte da noiva, espécie de torta. Era bastante comum nas cerimônias mais simples. Geralmente eram recheadas de pão doce, ou carne. Dentro da tarte era colocado um anel de vidro. A convidada que encontrasse o anel seria a próxima a se casar.
Já no século XVIII outra tradição surgiu: as convidadas deveriam pôr uma fatia do bolo de casamento debaixo do travesseiro. Dizia-se que fazendo isso, sonhariam com o futuro marido. No século seguinte, as fatias foram reduzidas à migalhas. As migalhas do bolo deveriam ser passadas pela aliança da noiva e só depois colocadas embaixo do travesseiro. O hábito não durou muito, pois, as regras de cerimônia diziam que a noiva jamais poderia tirar a aliança de seu dedo.
No século XIX outro costume apareceu no Reino Unido e América que perdura até hoje: congelar o último andar do bolo para comê-lo no aniversário de um ano de casamento. A ideia surgiu porque na época era comum os filhos aparecerem logo. Com isso, não seria impossível usar o bolo guardado para a comemoração do batizado.
Foi somente no fim do século XIX que o bolo de casamento se tornou usual. Era conhecido como ‘bolo da noiva’, tinha somente um andar e geralmente era feito de ameixa. Alguns anos mais tarde, surgiram os bolos confeitados com açúcar refinado. Uma cobertura branca significava que a mesma era feita do melhor açúcar. Quanto mais branco fosse o bolo mais influente eram as famílias dos noivos.
Atualmente o bolo de casamento é um dos destaques da festa, sendo extremamente indelicado não servi-lo.
Ao contrário de antigamente, hoje há uma infinita possibilidade de recheios, tamanhos, camadas, coberturas e sabores, sendo, inclusive, parte da decoração.
O topo do bolo, com noivinhos imitando os noivos de verdade, nunca sai de moda.
É muito importante que os noivos fiquem atentos ao sabor do bolo que escolheram: nunca deixem de fazer uma degustação para terem certeza se é o que realmente querem!
Cortar o bolo no casamento significa compartilhar o futuro, por isso é indispensável que os noivos cortem juntos a primeira fatia.




Bem Casado:

O Bem Casado teve sua origem na Europa, entre os séculos XVII e XX. É um doce considerado, por muitos, fundamental nas festas de casamento. É feito de uma massa açucarada e recheado de doce de leite. Representa duas partes que se unem e são seladas pela cumplicidade e respeito mútuo. Distribuir o doce significa sorte e felicidade. Todo aquele que saborear será abençoado com a mesma sorte e felicidade dos noivos.




Amêndoas:

Distribuir amêndoas confeitadas em casamento é extremamente charmoso, porém, pouquíssimas pessoas sabem de onde veio esse costume.
Uma das explicações teve seu início no século XIII. As amêndoas vinham cobertas com açúcar e 5 eram embaladas em um tecido nobre. Representavam: fertilidade, longevidade, saúde, riqueza e felicidade ao casal.
Na Itália amêndoas confeitadas também são distribuídas nos casamentos em grupo de cinco. Significando: saúde, riqueza, felicidade, fertilidade e longevidade.
Nos casamentos gregos são chamadas de koufeta e são distribuídas em números ímpares por que eles são indivisíveis, assim como deve ser a união dos noivos e tudo o que eles irão compartilhar. Se uma moça solteira colocar as amêndoas recebidas embaixo do travesseiro, vai sonhar com o futuro marido.
Atualmente há muitas formas de apresentar as amêndoas aos convidados: tules, tecidos, caixas, taças e outros recipientes de vidro ou cristal, garantindo bom gosto e sorte aos que acreditam.



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